Por: Thiago carrapatoso
Fonte:planetasustentavel.abril.com.br/blog
Ó, é assim: você gosta de
plantas, está preocupado com as mudanças climáticas e sabe que a tecnologia
está aqui para ajudar. Então, como se pode misturar tudo e criar uma solução
bacanuda para as mudanças climáticas? O Natural
Fuse tenta ser isso e ainda uma interface de rede que te conecta com
outros usuários como se fosse um jogo.
Qual é a proposta? A energia
elétrica é uma das grandes preocupações quando o assunto são as mudanças no
clima e as emissões de CO2 na atmosfera. O ideal seria que compensássemos o que
consumimos do planeta de forma eficaz (o que é impossível, já que tudo que
fazemos causa um impacto por mais mínimo que seja). Como a energia é
abundamente na sociedade, fica difícil controlar e mensurar o nosso consumo
associado ao impacto no ambiente. É aí que o Natural Fuse entra.
Ele
é um vaso que estima a quantidade de CO2 absorvida pela planta e permite com
que se use um aparelho eletrônico durante um determinado período de tempo, até
que a conta chegue a zero (ou seja, a quantidade absorvida pela planta é a
mesma usada pelo aparelho eletrônico). A partir daí, a energia é cortada e o
usuário não poderá mais ligar seu abajur, ventilador ou qualquer outro
utensílio que precise de energia elétrica.
O
aparato tem um interruptor com três possibilidades, em vez do tão batido “liga”
e “desliga”: “selfless”, “selfish” e “off”. O primeiro é para ligar esse
sistema, com energia só durante o tempo estimado pela absorção do gás carbônico
da planta. O segundo, que traduzindo seria algo como “egoísta”, é para deixar o
aparato ligado de qualquer forma, por mais que a absorção diária já tenha
chegado ao limite. Esse módulo é para garantir que quando realmente se precise
de energia, se tenha. Se a lâmpada de uma casa está acoplada ao sistema e um
ladrão invade a residência, necessariamente precisa-se ligar a luz para ver o
que está acontecendo, por isso a garantia de funcionamento. E a última opção é
o desligar tradicional.
O
grande lance, porém, é que esses sistemas funcionam em rede. O modo “selfless”
não só calcula a absorção de dióxido de carbono daquela determinada planta,
como também de todas as plantas que fazem parte do projeto. Desta forma, é
possível usar o aparato do amiguinho, que não está sendo utilizado, para deixar
uma lâmpada acesa algumas horas a mais. É uma média que se faz e se distribui
por todo o sistema.
Mas,
enquanto há uma distribuição de recursos, há também consequências graves caso
não se sigam as regras. Se deixar o sistema ligado em “selfish” (ou no modo
egoísta) durante muito tempo e se passar do equilíbrio de absorção e consumo, o
aparato injeta uma dose de vinagre na planta e ela… morre! O seu consumo
afetará diretamente na planta do amiguinho. E se deixar o sistema ligado mesmo
assim, ele mata as outras plantas também. Praticamente um extermínio! E
provocado apenas pelo seu egoísmo. Quem quer ter essa culpa consigo?
O sistema já foi exposto em
diversas cidades do mundo, mas hoje está em atuação na Austrália, Inglaterra e
Coréia do Sul. No site, pode-se
encontrar o manual de todo o sistema, com explicações de como
foi o processo para criar a interface do botão de três fases e a escolha da
planta perfeita, que absorvesse quantidade considerável de CO2 e que
sobrevivesse a ambientes fechados (já que fica dentro da casa dos usuários).
Um
belo meio de pensarmos em nosso consumo de energia e nossos impactos no
ambiente.
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