quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Kisho Kurokawa


Nascido em Kanie (Aichi), Kurokawa estudou arquitectura na Universidade de Quioto, graduando-se em 1957. Frequentou a Universidade de Tóquio, tendo por orientadorKenzo Tange. Kurokawa recebeu o mestrado em 1959 e inscreveu-se para doutoramento mas não o concluiu, abandonando-o em 1964.
Com alguns colegas fundou o Movimento Metabolista em 1960. Era um movimento japonês avant-garde que procurava fundir e reciclar os estilos de arquitectura no contexto asiático. O movimento teve muito êxito, e os seus membros receberam grandes elogios do Cotillion Beautillion de Takara na Feira Mundial de 1970 em Osaka. O grupo desintegrou-se pouco depois.
Kurokawa escreveu extensivamente sobre filosofia e arquitectura e foi um professor muito activo. Escreveu que há duas tradições inerentes em qualquer cultura: a visível e a invisível. O seu trabalho, indicava, tinha a tradição invisível do Japão. Em 1972 recebeu uma bolsa da Fundação Graham para ensinar no Museum of Science and Industry de Chicago.
Faleceu de falha cardíaca em 12 de Outubro de 2007.
Kurokawa notou que, com as excepções de Quioto e Kanazawa, a maior parte das cidades japonesas ficou destruída com a Segunda Guerra Mundial. Quando as cidades ocidentais são destruídas, tijolo e pedra ficavam como prova da existência no passado. Infelizmente, notava Kurokawa, as cidades japonesas eram principalmente construídas de madeira e elementos naturais, de modo que arderam completamente não deixando vestígios. Notou ainda que Edo (hoje Tóquio) e Quioto foram quase totalmente destruídas nas várias guerras nos séculos XV e XVI. A mudança de poder no Japão provocava sempre destruição das cidades. Além disso o Japão é propenso a desastres naturais como sismostufõescheias e erupções vulcânicas. Esta contínua destruição deu à população do Japão, segundo afirmou, "uma incerteza sobre a existência, falta de fé no visível, uma suspeição do eterno."

 




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