O Mercado imobiliário está em estado de atenção com o aumento de estoques de unidades residenciais. Dados do Sindicato de Habitação do estado de São Paulo (Secovi-SP) revelam crescimento de 64,2% nas unidades remanescentes em 2011, o que significa que o ano terminou com 19.731 imóveis novos não comercializados em São Paulo. Em 2010 e 2009 o número ficou na casa dos 12.011 e 12.744 respectivamente.
O crescimento de estoques está diretamente relacionado ao aumento excessivo da oferta. Boa parte da avalanche de empreendimentos anunciados em 2007 e 2008 estão ficando prontos e se somam ao grande número de lançamentos de 2011 – foram 37.650 unidades só em São Paulo, segundo o Secovi –, causando uma multiplicação natural das unidades remanescentes.
Outro fator
que impactou diretamente os estoques foi o arrefecimento das vendas, que no ano
passado caíram 21% em São Paulo, recuando de 35,8 mil para 28,3 mil
unidades. Houve, ainda, forte redução da
velocidade de vendas, que caiu 9,1 pontos percentuais e fechou 2011 em
14,1%. “Os lançamentos ficaram acima do
crescimento das vendas, as projeções para o ano não se confirmaram e o mercado
ficou menos aquecido. Portanto, teremos
sim problema de superoferta no curto prazo.”
Prevê o analista-chefe da Coinvalores, Marco Aurélio Barbosa.
Para ele, o aumento de estoques não chega a ser preocupante e o cenário indica um período de acomodação em 2012, com esforços das incorporadoras em comercializar as unidades remanescentes e mais cautela nos lançamentos. “As empresas estão mais contidas, algumas reduzindo o número de novos empreendimentos em relação a 2011, outras mantendo o ritmo com o objetivo de estudar o mercado. Até porque quem abriu capital em 2007 tem como foco principal a geração de caixa agora em 2012, esclarece o analista.
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