Um
faturamento de US$ 5 bilhões e um crescimento de 17%, três vezes superior que
o registrado pelo PIB brasileiro em 2007. Os números acima fazem parte da
pesquisa O Mercado de Luxo no Brasil – ANO II, apresentada pela MCF
Consultoria &Conhecimento e pela GfK Indicator. Em sua segunda edição, o
estudo contou com a participação de 100 empresas nacionais e internacionais que
operam no País. Uma das novidades deste ano é que 342 consumidores também
foram consultados, o que possibilitou traçar pela primeira vez o perfil do
cliente desse seleto universo.
Aplicada entre novembro de 2007 e abril de 2008, a pesquisa teve por objetivo
mensurar o tamanho do mercado de luxo brasileiro, conhecer os investimentos
realizados e quais são as perspectivas para este ano, além de desenvolver uma
cultura de coleta de dados e informações, facilitando assim o gerenciamento
profissional do segmento. “A pesquisa já é um referencial para o setor. Nessa
edição trouxemos novos dados que possibilitam gerar mais ferramentas para esse
mercado e que vão ajudar na assertividade e gestão”, diz Carlos Ferreirinha,
consultor de luxo e diretor-presidente da MCF Consultoria & Conhecimento.
A pesquisa teve o cuidado de contemplar empresas dos mais diversos ramos
de atividades, como moda, bebida, alimentação, cosmético, automobilístico,
produtos financeiros e bem-estar, entre outros. Outro ponto importante é a
participação de consumidores no estudo. “O olhar do negócio é importante, mas
não é completo. Saber o que o consumidor pensa e quer possibilita conhecer
melhor o segmento”, comenta Ricardo Moura, gerente de projeto da GfK Indicator
e responsável pela pesquisa.
A
MCF Consultoria & Conhecimento, coordenou os contatos com as empresas
selecionadas e ajudou na elaboração dos questionários utilizados para a
pesquisa. Já a GfK Indicator ficou responsável pela metodologia aplicada e
análises dos resultados obtidos.
O
mercado
O
Brasil é um mercado emergente para o negócio de luxo, com grandes
possibilidades de expansão. “Em 2007, o segmento de luxo brasileiro faturou
US$ 5 bilhões e cresceu 17%, enquanto o avanço do PIB nacional foi de 5,4%.
Isso representa 1% do faturamento do setor no mundo. Acredito que temos
fôlego para dobrar 2% do consumo mundial do luxo em dez anos”, afirma Carlos
Ferreirinha. “Para 2008, a expectativa é manter a média histórica de
crescimento, em torno de 20%. É um resultado significativo, porém há muito
espaço a ser explorado. Outros países emergentes têm apresentado aumento bem
superior ao brasileiro”, completa.
Essa
percepção fica ainda mais clara quando se leva em conta algumas
características desse mercado, como a presença pequena de marcas
internacionais no País e a concentração de empresas em São Paulo.
Das
companhias participantes da pesquisa, 59% são de origem nacional e 71% estão
localizadas na cidade de São Paulo. “Nas projeções para 2008, Rio de Janeiro
e Distrito Federal devem ter uma expansão significativa dentro do mercado de
luxo, concentrando, respectivamente, 44% e 28% das empresas”, diz Ricardo
Moura.
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Apesar do cenário favorável, os executivos entrevistados apontam a
tributação e a dificuldade de importação como principais obstáculos para
expansão e implantação do negócio de luxo no Brasil. “A tributação foi citada
por 66% das empresas como o principal entrave, enquanto a dificuldade de
importação apareceu com 33%”, explica.
Perfil
do executivo e do cliente de luxo
Entre as empresas participantes da pesquisa, 48% estão sob o comando do próprio dono ou sócio do negócio de luxo. O perfil desse executivo é predominantemente masculino (60%), na faixa etária de 31 a 40 anos (37%). “A pesquisa têm sido respondida diretamente pelo gestor principal, o que tem demonstrado a legitimidade dessa iniciativa e sua importância para o segmento”, afirma Carlos Ferreirinha.
Em relação ao cliente de luxo, novamente São Paulo aparece como o principal mercado: 62% dos entrevistados moram na cidade. As mulheres são as principais consumidoras. Entre as principais características desse público está o alto grau de instrução: 91% têm nível superior completo. A maioria está na faixa etária de 26 a 35 anos (40%), é casada (48%) e não tem filho (66%).
“O cliente de luxo compra para si mesmo (61%) e gasta em média por compra até R$ 1.000,00 (42%). A moda é o principal foco de consumo, sendo apontada por 70% dos entrevistados. E a qualidade do produto é o motivo da compra para 41% dos clientes”, complementa Ricardo Moura.
Entre as marcas internacionais mais lembradas por estes consumidores está a Louis Vuitton, com 27%. Entre as nacionais, a top of mind ficou com a H. Stern, com 31%.
Sobre
MCF Consultoria & Conhecimento
Fundada há sete anos por Carlos Ferreirinha e Daniele Costa, a MCF
Consultoria & Conhecimento presta consultoria e assessoria no
desenvolvimento de negócios que seguem as premissas da excelência, do luxo e do
premium. Entre seus clientes estão empresas como: MasterCardBlack, Telefônica,
Whirpool, Souza Cruz e Stella McCartney, GM, Mercedes Benz, Avec
Nuance, Grupo ATW, Puma.
Sobre
GfK Indicator
Criado
há mais de 70 anos na Alemanha, o Grupo GfK é a 4ª maior empresa de pesquisa
de mercado do mundo. Com 120 subsidiárias, está presente em mais de 90 países
nos cinco continentes, gerando mais de 9 mil empregos diretos.
Com
20 anos de atuação no mercado brasileiro, a Indicator integra o Grupo GfK
desde 2002. No Brasil, é também a 4ª maior empresa de pesquisa, com um
faturamento de cerca de R$ 40 milhões e 100 funcionários diretos.
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Entre seus clientes estão, Unilever, L`Oreal, Schincariol, Coca-Cola,
Pernod Ricard, Nestlé, Johnson&Johnson, Avon, Nívea, Colgate, Vivo,
Motorola, Banco Santander, Banco Real, Bradesco, Unibanco, Credicard-Citi,
Roche, Glaxo, Fleury, Boheringer, Whirlpool (Brastemp), GM, Ford, Leroy Merlin,
Editora Abril.
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