A
ascensão social das famílias no Brasil, na última década, baseado no aumento da
renda e redução da inflação, ampliou de forma significativa o potencial de
consumo dessas famílias, gerando oportunidades inigualáveis para empresas
que perceberam e buscaram, de alguma forma atender essa demanda que até então
estava reprimida.
Uma
das empresas que mais se destacou neste período, com relação a percepção
de que algo estava mudando, foi a Casas
Bahia, que direcionou suas vendas para esse público, facilitando o
pagamento em suaves e longas parcelas, o que sustentou seu crescimento
meteórico, ao ponto de ser questionada se seu negócio era vender móveis e
eletrodomesticos ou crediários.
Entre
2000 e 2005 foram sete milhões de novas famílias que migraram para a classe
C. Tomando por base a década 2000-2010, já são 31,9 milhões de
novos integrantes (IBGE), um contingente nada desprezível de novos
consumidores, com capacidade financeira expandida e muitos sonhos a serem
realizados.
A
cada degrau que a família ascende na escalada social, muda a cesta de produtos
consumidos, acrescendo a ela deste de alimentos mais elaborados como iogurtes
até bens duráveis como TV de LCD, o primeiro carro e o primeiro imóvel,
mesmo que sejam financiados.
Este
assunto foi tema no Blog do Empreendedor, durante o segundo semestre de 2009,
abordado em três artigos editados com os seguintes títulos: O novo
consumidor e seus anseios; Melhoras
na ascensão social; A nova
Classe média, um dos pilares na retomada do crescimento
Volto
a abordá-lo para divulgar o trabalho da Fundação Getúlio Vargas – FVG, através
do Centro de Políticas Sociais – CPS: “ A
Pequena Grande Década: Crise, Cenários e Nova Classe Média”; que
está disponível para leitura e consolida o assunto até o momento atual.
Para
empreendedores estrategistas, conhecer a fundo esses movimentos sociais
significa sair na frente na redefinição dos rumos que sua empresa deve seguir.
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