Um
selo de eficiência semelhante ao que indica o consumo de energia elétrica dos
eletrodomésticos começa a ser aplicado na construção civil. Pra incentivar
construções que economizem energia, o Inmetro criou um selo de classificação com
cinco categorias em ordem alfabética: Letra ‘E’ para os imóveis menos
econômicos até a letra ‘A’ para os mais econômicos.
Janelas
amplas permitem a entrada da luz do sol, gramado nas lajes diminui a absorção
de calor e reduz o uso do ar condicionado, elevador inteligente: quando alguém
aciona, só o que está mais próximo é que se movimenta. Economia que, segundo o
engenheiro civilTeodomiro Diniz Camargo, compensa o gasto na construção:
“Nesse edifício mesmo, em cinco anos, todo investimento feito pra se conseguir
o selo vai ser pago”, explica.
Um
detalhe pode fazer muita diferença, como a cor do imóvel, por exemplo. O teto e
paredes brancas, móveis e o piso claros já proporcionaram uma economia de 25%
no consumo de energia elétrica. Porque, com o ambiente refletindo a luz, foi
possível trocar as luminárias que teriam quatro lâmpadas por modelos com apenas
três. A mudança foi feita quando o edifício estava sendo projetado, mas imóveis
prontos também podem ser classificados.
Para
se conseguir o selo, são avaliados três itens: cor e material dos
revestimentos, sistemas de iluminação e condicionamento de ar. Os critérios
variam de acordo com a finalidade do imóvel. Nos residenciais, o tipo de
aquecimento da água vai pesar muito: se usa energia solar, por exemplo, o
imóvel é mais eficiente do que os que aquecem a água com energia elétrica.
O
objetivo é que o selo se torne uma referência para o consumidor, como aquele
dos eletrodomésticos. “Quando as geladeiras passaram a ter etiqueta, a gente
passou a comprar geladeira não apenas pela beleza, pelo tamanho, pelo preço,
mas, também pelo seu consumo. Nas residências, nós agora também vamos poder
fazer a mesma escolha: poder comprar uma residência também pelo seu consumo”,
diz a professora de arquitetura da UFMG Roberta
Gonçalves.
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