quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Novo selo de eficiência incentiva construções a economizarem energia


Um selo de eficiência semelhante ao que indica o consumo de energia elétrica dos eletrodomésticos começa a ser aplicado na construção civil. Pra incentivar construções que economizem energia, o Inmetro criou um selo de classificação com cinco categorias em ordem alfabética: Letra ‘E’ para os imóveis menos econômicos até a letra ‘A’ para os mais econômicos.
Janelas amplas permitem a entrada da luz do sol, gramado nas lajes diminui a absorção de calor e reduz o uso do ar condicionado, elevador inteligente: quando alguém aciona, só o que está mais próximo é que se movimenta. Economia que, segundo o engenheiro civilTeodomiro Diniz Camargo, compensa o gasto na construção: “Nesse edifício mesmo, em cinco anos, todo investimento feito pra se conseguir o selo vai ser pago”, explica.
Um detalhe pode fazer muita diferença, como a cor do imóvel, por exemplo. O teto e paredes brancas, móveis e o piso claros já proporcionaram uma economia de 25% no consumo de energia elétrica. Porque, com o ambiente refletindo a luz, foi possível trocar as luminárias que teriam quatro lâmpadas por modelos com apenas três. A mudança foi feita quando o edifício estava sendo projetado, mas imóveis prontos também podem ser classificados.
Para se conseguir o selo, são avaliados três itens: cor e material dos revestimentos, sistemas de iluminação e condicionamento de ar. Os critérios variam de acordo com a finalidade do imóvel. Nos residenciais, o tipo de aquecimento da água vai pesar muito: se usa energia solar, por exemplo, o imóvel é mais eficiente do que os que aquecem a água com energia elétrica.
O objetivo é que o selo se torne uma referência para o consumidor, como aquele dos eletrodomésticos. “Quando as geladeiras passaram a ter etiqueta, a gente passou a comprar geladeira não apenas pela beleza, pelo tamanho, pelo preço, mas, também pelo seu consumo. Nas residências, nós agora também vamos poder fazer a mesma escolha: poder comprar uma residência também pelo seu consumo”, diz a professora de arquitetura da UFMG Roberta Gonçalves.

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