terça-feira, 30 de outubro de 2012

O negócio dos sonhos


Qual será o melhor momento para por em prática projetos pessoais e dar inicio ao próprio negócio?
O momento tem a ver com os fatores externos, mercado, economia, facilidades para empreender, mas também tem relação direta com o estado de espírito do futuro empreendedor.
Para quem não tem emprego fixo e salário garantido a decisão fica mais fácil, pois, ele já se encontra numa situação de desconforto permanente, um risco a mais ou a menos fará pouca diferença.
Analisemos agora aquele cidadão bem empregado, com todas as suas necessidades atendidas, casa, carro, família, reserva financeira, dentre outras, por que ele partiria para um negócio próprio?
Ele pode até pensar nisso, mas, poucos, muito poucos deixam essa “segurança” para trás e executam seus projetos pessoais. Por que colocar em risco o que já está garantido?  A maioria prefere congelar seus projetos para depois da aposentadoria, quando terão mais tempo.
Quantos bons negócios poderiam ter nascido? Quantas soluções magníficas deixaram de ser criadas? Quantos novos produtos tiveram seus projetos engavetados? É uma pena, realmente uma pena.
 Voltando ao melhor momento para iniciar um negócio, me recordo de um livro, uma autobiografia que considero fantástica, pela simplicidade, ousadia e determinação desse empreendedor americano.
Ela foi escrita em 1976, e conta a história de um cidadão que sempre sonhou em ter seu negócio próprio de sucesso.
 Durante 17 anos foi vendedor de copos de papel, dentre outros empregos que somados ultrapassavam 30 anos de trabalho.
A grande oportunidade da sua vida surgiu em 1954 quando tinha 52 anos.
Ele pediu demissão de seu emprego (muito bem remunerado naquele momento) e tornou-se representante e distribuidor de uma Batedeira Miltimixer que era vendida por 150 dólares e utilizada em restaurantes e lanchonetes.
Conquistou sucesso nesse negócio, mas continuou a procura de oportunidades, ele acreditava no seguinte ditado: “Enquanto estiver verde, você está crescendo; logo que amadurece, começa a apodrecer.”
Certo dia ficou sabendo que um cliente fazia bastante sucesso utilizando as máquinas multimixer que ele vendia, mais que depressa foi lá ver de perto qual era a grande idéia.
Era uma lanchonete que vendia sanduíche acompanhado de batata frita e Milk shake (feito na multimixer), as pessoas faziam fila para comprar.  Eles não venciam atender os famintos clientes.
O modelo de atendimento era diferente para época, servia refeições de forma rápida, organizada, com qualidade superior a um preço acessível.
Encantado com tudo o que viu, fez uma proposta para os proprietários para que transformassem aquele modelo numa cadeia de lojas, desta forma ganhariam muito dinheiro e ele poderia vender centenas de multimixers.
Assustados os donos da lanchonete responderam: “ Está vendo aquela grande casa branca, em cima do morro,  com uma espaçosa varanda na frente? É a nossa casa e nós a adoramos. À noite, sentamos na varanda, vemos o por-do-sol e olhamos para esta nossa loja, aqui em baixo. É tranqüilo. Não precisamos de mais problemas do que os que já temos em manter isso  aqui aberto. Mais lojas, mais problemas. Estamos numa situação de gozar a vida e é justamente isso o que pretendemos fazer.”
Esse papo aconteceu em 1954, o maluco que vendia as batedeiras de Milk Shake se chamava Ray Kroc, os dois irmãos donos da lanchonete se chamavam Maurice e Richard (apelidados de Mac e Dick) e o sobrenome deles era Mc Donalds.
Ray Kroc  voltou da viagem levando na pasta um contrato de sociedade assinado com os irmãos Mc Donalds e um sonho na cabeça, colocar uma lanchonete em cada canto do mundo.
Ray Croc morreu aos 81 , em janeiro de 1984, o mesmo ano que foi inaugurada a loja de numero 8.000 da cadeia de Fast Food McDonalds
Atualmente são mais de 30.000 lojas ao redor do mundo distribuídos em 120 países.
Eu não sei quantos cantos o mundo tem, mas creio que o sonho do criador da cadeia de lojas do McDonalds já deve ter sido ultrapassado com folga.

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