Qual
será o melhor momento para por em prática projetos pessoais e dar inicio ao
próprio negócio?
O
momento tem a ver com os fatores externos, mercado, economia, facilidades para
empreender, mas também tem relação direta com o estado de espírito do futuro
empreendedor.
Para
quem não tem emprego fixo e salário garantido a decisão fica mais fácil, pois,
ele já se encontra numa situação de desconforto permanente, um risco a mais ou
a menos fará pouca diferença.
Analisemos
agora aquele cidadão bem empregado, com todas as suas necessidades atendidas,
casa, carro, família, reserva financeira, dentre outras, por que ele partiria
para um negócio próprio?
Ele
pode até pensar nisso, mas, poucos, muito poucos deixam essa “segurança” para
trás e executam seus projetos pessoais. Por que colocar em risco o que já está
garantido? A maioria prefere congelar seus projetos para depois da
aposentadoria, quando terão mais tempo.
Quantos
bons negócios poderiam ter nascido? Quantas soluções magníficas deixaram de ser
criadas? Quantos novos produtos tiveram seus projetos engavetados? É uma pena,
realmente uma pena.
Voltando
ao melhor momento para iniciar um negócio, me recordo de um livro, uma
autobiografia que considero fantástica, pela simplicidade, ousadia e
determinação desse empreendedor americano.
Ela
foi escrita em 1976, e conta a
história de um cidadão que sempre sonhou em ter seu negócio próprio de sucesso.
Durante
17 anos foi vendedor de copos de papel, dentre outros empregos que somados
ultrapassavam 30 anos de trabalho.
A
grande oportunidade da sua vida surgiu em 1954 quando tinha 52 anos.
Ele
pediu demissão de seu emprego (muito bem remunerado naquele momento) e
tornou-se representante e distribuidor de uma Batedeira Miltimixer que era
vendida por 150 dólares e utilizada em restaurantes e lanchonetes.
Conquistou
sucesso nesse negócio, mas continuou a procura de oportunidades, ele acreditava
no seguinte ditado: “Enquanto estiver verde, você está crescendo; logo que
amadurece, começa a apodrecer.”
Certo
dia ficou sabendo que um cliente fazia bastante sucesso utilizando as máquinas
multimixer que ele vendia, mais que depressa foi lá ver de perto qual era a
grande idéia.
Era
uma lanchonete que vendia sanduíche acompanhado de batata frita e Milk shake
(feito na multimixer), as pessoas faziam fila para comprar. Eles não
venciam atender os famintos clientes.
O
modelo de atendimento era diferente para época, servia refeições de forma
rápida, organizada, com qualidade superior a um preço acessível.
Encantado
com tudo o que viu, fez uma proposta para os proprietários para que
transformassem aquele modelo numa cadeia de lojas, desta forma ganhariam muito
dinheiro e ele poderia vender centenas de multimixers.
Assustados
os donos da lanchonete responderam: “ Está vendo aquela grande casa
branca, em cima do morro, com uma espaçosa varanda na frente? É a nossa
casa e nós a adoramos. À noite, sentamos na varanda, vemos o por-do-sol e
olhamos para esta nossa loja, aqui em baixo. É tranqüilo. Não precisamos de
mais problemas do que os que já temos em manter isso aqui aberto. Mais
lojas, mais problemas. Estamos numa situação de gozar a vida e é justamente
isso o que pretendemos fazer.”
Esse
papo aconteceu em 1954, o maluco que vendia as batedeiras de Milk Shake se
chamava Ray Kroc, os dois irmãos donos da lanchonete se chamavam Maurice e
Richard (apelidados de Mac e Dick) e o sobrenome deles era Mc Donalds.
Ray
Kroc voltou da viagem levando na pasta um contrato de sociedade assinado
com os irmãos Mc Donalds e um sonho na cabeça, colocar uma lanchonete em cada
canto do mundo.
Ray
Croc morreu aos 81 , em janeiro de 1984, o mesmo ano que foi inaugurada a loja
de numero 8.000 da cadeia de Fast Food McDonalds
Atualmente
são mais de 30.000 lojas ao redor do mundo distribuídos em 120 países.
Eu não
sei quantos cantos o mundo tem, mas creio que o sonho do criador da cadeia de
lojas do McDonalds já deve ter sido ultrapassado com folga.
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