segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Rumo ao Empreendedorismo de Base


Se fosse eleger o fato que mais marcou 2010, eu escolheria a consolidação da ascenção das classes sociais no Brasil.
 Desde 2007  assistimos as classes D e E migrarem fortemente em direção a classe C  provocando um intenso movimento de consumo que estimulou toda a nossa cadeia produtiva. (escrevi vários artigos sobre esse tema no blog)
Dentre os pilares de sustenção que permitiram que o Brasil enfrentasse a grave crise crise economico-financeira mudial iniciada em 2008, o consumo interno foi um dos principais destaques.
Em matéria divulgada hoje pelo jornal Valor Econômico, sobre a transferência de renda durante o periodo do governo que se encerra, comparado com o ano de 2002, tivemos um crescimento de 6,8% do PIB para 9% do PIB este ano.
Isso significa que em 2010 foram destinados a essas famílias 75 bilhões a mais do que em 2002.
Um comparativo interessante é que esse valor se equivale a todo o aumento da carga tributária registrada durante o atual governo.
As tranferências de renda  englobam gastos como bolsa-família, seguro-desemprego, benfícios previdênciarios, dentre outros.
Sem discutir o mérito da transferência de renda, e observando os efeitos práticos da ação,  temos que reconhecer que essa informação associada com a divulgada na semana passada sobre a redução recorde dos índices de probreza no Brasil são pontos positivos e dignos de parabéns ao governo atual.
O que precisamos agora é permitir, de fato a transição do assistencialismo para o empreendedorismo de base, seja via cooperativas, seja por um incentivo maior ao Micro Empreendedor Individual, para que as próximas eleições para presidente sejam decidas pelos voto consciente dos que empreendem e não dos que passavam fome.

Um comentário:

  1. Bom, visto desse ângulo parece bonito essa transferência. Mas isso deveria ser uma política pontual e não uma politica que já dura mais de uma década. O assistencialismo precisa ser financiado e custa caro tanta subvenção e aí está o porque empreender neste país é tão difícil. Simplesmente não se pode desonerar fiscalmente o país sem se perder a fonte de recursos para a política de assistencialismo do governo. O assistencialismo gera votos, o empreendorismo não.

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