terça-feira, 6 de novembro de 2012

Alternativas na crise, quais?


Após a crise de 1929, enquanto muitos lamentavam, o pai de Warren Buffet (o bilionário n.1 do mundo atualmente), após perder o emprego, abriu uma corretora de ações, com dois outros amigos e foi de porta em porta oferecer investimentos em títulos e ações para aqueles raros investidores que salvaram parte do patrimônio.
Sua corretora cresceu, prosperou e ele se tornou uma pessoa influente na sua cidade Omaha, estado de Nebraska, nos Estados Unidos.
Considerando a crise econômica mundial atual e seus reflexos no Brasil, podemos afirmar que o setor automobilístico e toda a sua cadeia produtiva foi um dos mais afetados com a retração das vendas e a escassez de financiamentos bancários.
Interessante que há poucos dias conheci um empreendedor que fornece um tipo de componente para veículos, tendo como clientes principais duas montadoras.
Uma delas tinha 2500 fornecedores cadastrados, resolveu cortar 1000 e ficar com 1500, os que foram mantidos assumiram o total dos pedidos.
Qual a lógica?
Excluíram os fornecedores que, por algum motivo não apresentavam as melhores condições, sejam técnicas, financeiras ou não realizaram os investimentos em modernização recomendados.
Dentre os que ficaram um seleto grupo recebeu a proposta de celebração de um contrato de garantia de compra por um prazo de 36 meses, com o compromisso de que novos investimentos fossem realizados, para garantir ganhos de eficiência e produtividade.
Para esse empreendedor, em especial, a proposta recebida da montadora significa ter que aumentar a sua produção em 70% até dezembro de 2010, com escala crescente até 2011, prazo final do contrato.
Realmente não sei se é sorte ou competência, mas o que vejo é que, por maior que seja o problema de alguns, outros encontram os caminhos para sobreviver e prosperar.
Como chegar a este estágio?
No caso da corretora de ações fundada no auge da crise de 1929 e que deu certo o sucesso pode ter sido fruto de muita crença, dedicação e competência.
Já no caso da empresa atual que vende para as montadoras, acredito que no processo de escolha para decidir quais fornecedores permaneceriam e os que seriam prestigiados com pedidos maiores, certamente os critérios técnicos prevaleceram.
Sendo assim, investigar e entender como esses poucos fazem para sobreviver e triunfam pode ser um interessante dever de casa, em seguida, copiar e tentar ser melhor do que eles.
Essa é uma das formas através das quais o capitalismo se reinventa a cada ciclo de baixa quando se apressam em decretar a sua morte prematura.
Como disse hoje o comentarista Mauro Halfeld, na rádio CBN, : “O sol nasce para todos, mas a sombra é para poucos”

Nenhum comentário:

Postar um comentário