Após a
crise de 1929, enquanto muitos lamentavam, o pai de Warren Buffet (o bilionário
n.1 do mundo atualmente), após perder o emprego, abriu uma corretora de ações,
com dois outros amigos e foi de porta em porta oferecer investimentos em
títulos e ações para aqueles raros investidores que salvaram parte do
patrimônio.
Sua
corretora cresceu, prosperou e ele se tornou uma pessoa influente na sua cidade
Omaha, estado de Nebraska, nos Estados Unidos.
Considerando
a crise econômica mundial atual e seus reflexos no Brasil, podemos afirmar que
o setor automobilístico e toda a sua cadeia produtiva foi um dos mais afetados
com a retração das vendas e a escassez de financiamentos bancários.
Interessante
que há poucos dias conheci um
empreendedor que fornece um tipo de componente para veículos, tendo como
clientes principais duas montadoras.
Uma
delas tinha 2500 fornecedores cadastrados, resolveu cortar 1000 e ficar com
1500, os que foram mantidos assumiram o total dos pedidos.
Qual a
lógica?
Excluíram
os fornecedores que, por algum motivo não apresentavam as melhores condições,
sejam técnicas, financeiras ou não realizaram os investimentos em modernização
recomendados.
Dentre
os que ficaram um seleto grupo recebeu a proposta de celebração de um contrato
de garantia de compra por um prazo de 36 meses, com o compromisso de que novos
investimentos fossem realizados, para garantir ganhos de eficiência e
produtividade.
Para
esse empreendedor, em especial, a proposta recebida da montadora significa ter
que aumentar a sua produção em 70% até dezembro de 2010, com escala crescente
até 2011, prazo final do contrato.
Realmente
não sei se é sorte ou competência, mas o que vejo é que, por maior que seja o
problema de alguns, outros encontram os caminhos para sobreviver e prosperar.
Como
chegar a este estágio?
No
caso da corretora de ações fundada no auge da crise de 1929 e que deu certo o
sucesso pode ter sido fruto de muita crença, dedicação e competência.
Já no
caso da empresa atual que vende para as montadoras, acredito que no processo de
escolha para decidir quais fornecedores permaneceriam e os que seriam
prestigiados com pedidos maiores, certamente os critérios técnicos
prevaleceram.
Sendo
assim, investigar e entender como esses poucos fazem para sobreviver e triunfam
pode ser um interessante dever de casa, em seguida, copiar e tentar ser melhor
do que eles.
Essa é
uma das formas através das quais o capitalismo se reinventa a cada ciclo de
baixa quando se apressam em decretar a sua morte prematura.
Como
disse hoje o comentarista Mauro Halfeld, na rádio CBN, : “O sol nasce para todos, mas a sombra é para poucos”
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