Nunca
houve tantos conceitos para explicar o comportamento dos nossos jovens atuais,
pode ser Geração Canguru – que são aqueles que preferem permanecer na casa dos
pais mesmo tendo independência financeira; Geração Y – como são intitulados os
jovens com alto nível de formação, decididos e senhores do seu destino ou mesmo
Geração em crise, que são os jovens entre 25 e 30 anos que apesar de toda a
preparação que tiveram não conseguem decidir o que fazer da vida.
Independente
de qual seja a classificação, para que a abordagem fique completa precisamos
incluir nela os nossos Jovens Excluídos – pertencentes às classes C, D e E,
cujo aprendizado e formação se deram em escolas públicas, geralmente no período
noturno, orientados por professores mal remunerados e em meio a traficantes e
bandidos que fazem destas uma fonte de recrutamento de novos soldados.
Falar
dos jovens que compõe as classe A e B tem algo de poético, pois, a indecisão vem do excesso em tudo que
os cerca, seja computadores, celulares, I Pod, vídeo game, TV de LCD e quartos
que mais parecem ilhas tecnológicas.
Criado
entre muros de condomínios e corredores de Shopping, vigiado 24 horas por dia,
resta muito pouco sobre o que decidir, assim eles crescem e tornam-se……quase
nada.
A capa
da revista Veja, de 18/02/09, trouxe o seguinte título: “ELES É QUE MANDAM”, a
reportagem abordava o comportamento do adolescente de hoje e apresentou o resultado
de uma pesquisa do Instituto INVENT na qual estimou-se que um adolescente da
classe A, dos 13 aos 19 anos custa aos pais a nada desprezível quantia de R$
727.000,00, considerando todos os gastos desde alimentação, roupas, escola aos
mimos tecnológicos.
Suas
vidas não conhecem a palavra desafio nem dificuldades. Tem a impressão ou pior,
a certeza que o mundo esperava o nascimento deles.
Já os
“Jovens Excluídos”, quase ninguém gosta de falar sobre eles, às vezes são
lembrados por programas de jornalismo sensacionalista, focados mais no drama do
que nas soluções que poderíamos apresentar para aqueles que representam mais de
85% do total dos nossos jovens.
Os
nascidos nas classes C, D e E continuam nas mesmas condições de abandono de
décadas atrás, trabalho forçado desde a infância e situação precária de ensino,
na última década pouco se fez para melhorar as condições de aprendizado e
oportunidade do jovem de baixa renda.
O
sentimento que tenho é que estamos criando no nosso país um vácuo que será
sentido nas próximas décadas, um período onde teremos ausência de talentos,
sejam nas artes, política ou negócios.
Dos
jovens excluídos, que são a grande maioria, pouco se pode esperar, até por que
quase nada foi investido na formação dos mesmos, os raros que sobressaírem
serão fruto de muito esforço próprio e não de um planejamento e apoio na
formação desses valores.
Empreender
o próprio destino seria o mínimo desejável para os nossos jovens nascidos em
famílias que puderam proporcionar uma correta formação de personalidade
seguindo princípios éticos e também uma formação educacional de qualidade, mas
o que observamos em alguns casos são jovens sem rumo e sem direção. Tiveram
tudo do bom e do melhor e pouco terão como contribuir para a evolução da nossa
sociedade, cresceram sem um propósito firme.
Esta
aí uma boa equação para ser resolvida, desviar o foco do quanto custa para o
quanto conseguimos incentivar os nossos jovens, independente da classe social e
se o pai investiu zero ou um milhão de reais na sua formação, pouco importa,
temos que identificar o melhor de cada um deles.
Não se
trata de um paralelo entre ricos e pobres, e sim de como e quanto estamos
produzindo novos talentos e quais as oportunidades são oferecidas a eles para
que se tornem produtivos.
Quando
falamos em geração de talentos, independente da classe social, os Estados
Unidos é um excelente exemplo, considerado a Meca do empreendedorismo, saíram
de lá gênios das mais variadas espécies, dois em especial participaram da
revolução do mundo moderno:
Bill
Gates nasceu em família rica, estudou em Harvard, fundou a Microsoft, criou o
Windows, o pacote Office e revolucionou a informática.
Já Steve Jobs, foi oferecido à adoção com uma semana de vida, seus pais não queriam o filho, foi adotado e criado por um casal de operários, segundo declarações do próprio Jobs, ele por pouco não virou delinquente sendo seduzido pelos mistérios da eletrônica, sua vida tomou novos rumos. Fundou a Aplle, criou o Aplle II o Mac (computadores), Ipod, Itunes e de quebra os estúdios Pixar que engoliu a Disney Filmes.
Já Steve Jobs, foi oferecido à adoção com uma semana de vida, seus pais não queriam o filho, foi adotado e criado por um casal de operários, segundo declarações do próprio Jobs, ele por pouco não virou delinquente sendo seduzido pelos mistérios da eletrônica, sua vida tomou novos rumos. Fundou a Aplle, criou o Aplle II o Mac (computadores), Ipod, Itunes e de quebra os estúdios Pixar que engoliu a Disney Filmes.
São
dois exemplos vivos, de jovens americanos de outrora que revolucionaram a
informática, a tecnologia da informação, o celular, a forma como escutamos
música, assistimos filmes infantis e outras novidades que ainda esperamos ser
surpreendido por eles.
E por
aqui, em terras brasileiras, em que estágio estamos na formação e geração de
novos talentos?
A
discussão está aberta!
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