segunda-feira, 4 de março de 2013

BIG projeta torres residenciais retorcidas em Miami


O gigante e famoso escritório de arquitetura Bjark Ingels Group (BIG) lançou um novo projeto em Miami, cidade localizada no Sul da Flórida, nos Estados Unidos. Composto por duas torres de 20 andares, The Grove at Grand Bay terá 96 imóveis residenciais.
Para permitir a vista panorâmica da baía da cidade em todos os apartamentos, o ângulo de orientação do edifício foi reajustado de andar em andar. De acordo com o escritório, é essa torção do volume do prédio que cria uma impressão de movimento, como se fosse uma “silhueta dançante”.
Segundo o arquiteto Bjark Ingels, além do melhor aproveitamento da vista, as janelas, que vão do chão ao teto, permitem a entrada de iluminação natural dos apartamentos. Após a conclusão da obra, o escritório vai tentar a cerificação LEED Prata para o empreendimento.
O The Grove at Grand Bay foi desenvolvido em parceria com as empresas Raymond Jungles,Nichols Brosch Wurst Wolfe & Associates, Esrawe, Desimone e HNGS.
O início da construção do projeto está previsto ainda para esse ano. A expectativa é que seja entregue no final de 2014.
Confira abaixo uma seleção de fotos do empreendimento:



Barragens subterrâneas aumentam as colheitas do semiárido brasileiro


Em uma região que sofre com chuvas mal distribuídas ao longo do ano, uma técnica simples ajuda a manter a umidade do solo e pode duplicar a produção agrícola.
Apesar de o volume de água do planeta ser constante, alterações no seu ciclo já provocam a escassez do líquido vital em algumas regiões. O Brasil também conhece os problemas do desequilíbrio na distribuição da água. Para amenizar isso, tecnologias simples, como a construção de barragens subterrâneas em pequenas propriedades, têm mostrado efeitos práticos positivos, especialmente na região do semiárido.
Por lá, as estações do ano se dividem em oito meses secos e quatro chuvosos, o que dificulta a produção agrícola. Conforme explica o engenheiro agrônomo Elder Prado, da Unidade de Semiárido da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), mesmo dentro desse período de chuvas o volume de água não é distribuído com regularidade.
Ele aponta dados significativos: a cada dez anos, produtores locais colhem apenas duas safras de milho e três de feijão que podem ser consideradas boas. “As outras são baixas ou com perda total”. Apesar do risco, o plantio desses produtos faz parte da cultura do semiárido, uma vez que são alimentos comuns na mesa das famílias da região.
Alternativa - As barragens subterrâneas são usadas como uma alternativa para evitar essa quebra na produção – voltada especialmente para a subsistência das próprias famílias. A técnica não é nova. Prado explica que o modelo que a Embrapa ensina aos produtores é uma adaptação de conceitos seculares, passados inicialmente de forma empírica. A empresa organizou material didático impresso que ensina como montar a barragem. O conteúdo também foi disponibilizado na internet.
O agrônomo explica que as barragens não são depósitos para a coleta de água, mas uma forma de manter a umidade nos poros do solo. A construção é relativamente simples, mas a eficácia depende da declividade, tipo de solo, profundidade e salinização. Uma vala profunda e estreita é aberta até atingir uma camada maciça do solo. Dentro dela, é instalada uma lona presa ao fundo que vai funcionar como uma barreira. O solo é recolocado na vala e a cobertura plástica forma um muro de contenção que evita o escoamento da água, mantendo o solo úmido por mais tempo.
A área de influência da barragem depende de sua extensão e da quantidade de chuvas no ano. O agrônomo explica que em anos de precipitação bem distribuída a barragem pode garantir uma segunda colheita. “A primeira é irrigada pelas chuvas do período, e a segunda pelo prolongamento da umidade assegurado pela barragem”, conta.
Custo diluído - O custo para a instalação varia conforme o tamanho, profundidade ou o preço do aluguel de maquinário, mas fica em torno de 5 a 6 mil reais, que acabam diluídos ao longo dos anos. “Temos barragens subterrâneas feitas em 1980 e que continuam funcionando perfeitamente”, lembra Prado.
Na avaliação de Prado, o método é eficaz e pode ser associado a outras técnicas – como a construção de cisternas. “Para o sucesso da agricultura familiar, o importante é maximizar a produção, e as barragens são uma técnica que atende essa finalidade e que pode ser usada também no cultivo de outras espécies ou mesmo frutas”, sugere.

Projeto Novo Recife, no Cais José Estelita, é aprovado em reunião polêmica

O Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) de Recife anunciou a aprovação, na última sexta-feira (28) do Projeto Novo Recife. Foram 18 votos a favor, duas abstenções e um contra. O projeto ainda precisa ser aprovado pela Diretoria de Controle Urbano (Dircon) para que a obra seja iniciada.

O empreendimento, do consórcio formado pelas construtoras Moura Dubeux, Ara Engenharia, Queiroz Galvão e GL Empreendimentos, prevê a construção de 13 torres residenciais no Cais José Estelita, região portuária da cidade que está abandonada há décadas.
A aprovação do projeto é polêmica já que, na semana passada, uma liminar expedida pela 7ª Vara da Fazenda Pública do Recife suspendeu a reunião do CDU. A decisão foi baseada na ação popular impetrada pelo grupo Direitos Urbanos, que denunciava problemas como falta de paridade e participação popular no encontro.
Já a reunião desta sexta-feira teria sido autorizada pelo desembargador José Ivo de Paula Guimarães, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), segundo informações da assessoria de imprensa da Prefeitura de Recife ao Portal G1. A decisão do desembargador cancelaria a liminar anterior por ter sido concedida em primeira instância.
Ao saber da autorização, no entanto, o grupo de Direitos Urbanos teria entrado com nova medida judicial e obtido uma nova liminar, impedindo a realização de qualquer reunião do CDU, mesmo que o tema não fosse o projeto Novo Recife. De acordo com informações da advogada do grupo popular, Liana Cirne Lins, também concedidas ao Portal G1, a nova liminar teria sido desobedecida pelos conselheiros do CDU, que realizaram a reunião e aprovaram o projeto. Apenas o conselheiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Cristiano Borba, decidiu se retirar do encontro.
Caso integrantes do CDU tenham realmente desacatado a liminar, poderão ser acusados judicialmente por desobediência, prevaricação e improbidade administrativa. A reportagem procurou o grupo Direitos Urbanos, o IAB-PE e o CDU, mas não conseguiu confirmar as informações.
Entenda o caso
Na reunião do CDU realizada no dia 30 de novembro, quatro dos 26 conselheiros presentes pediram vistas do processo para analisar com mais profundidade a questão. Entre eles, estava o Departamento de Pernambuco do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-PE). Para a entidade, o bairro São José merecia um plano urbanístico para a criação de espaços de convivência. “Enquanto arquitetura, esses projetos são muito bons, mas enquanto estação urbanística, precisam de mais amadurecimento”, disse a arquiteta Vitória Régia de Andrade, presidente da entidade, na ocasião.
Segundo informações da GL Empreendimentos, o Novo Recife deve abrigar imóveis residenciais, empresariais, comerciais, de serviços e lazer, além de ruas e áreas verdes, em uma área de 101 mil m². O projeto seria integrado ao centro histórico e cultural do Recife e à orla Recife-Olinda.