Dentre as dezenas de malefícios do cigarro, médica do INC aponta as chances
de infarto e AVC. Confira a lista com as atividades que acontecem nesta
quarta-feira
POR Tiago Frederico
Rio - O Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado nesta quarta-feira, dia
29 de agosto, pode ser um bom momento para os dependentes do cigarro darem o
primeiro passo e deixarem de lado o vício, que tanto prejudica a saúde. Segundo
a médica Lilian Faertes Nascimento, chefe do Serviço de Saúde Mental do
Instituto Nacional de Cardiologia, ao qual o Grupo de Tratamento do Tabagismo
está vinculado, o fumo afeta diretamente as artérias coronárias, causando
vasoconstrições que podem causar inclusive um infarto.
“Cada vez que o fumante traga o cigarro, a nicotina faz com que as
artérias coronárias se contraiam, causando o que chamamos de vasoespasmos.
Esses vasoespasmos podem desencadear doenças coronarianas e doenças embólicas
que podem levar a pessoa a sofrer acidentes vasculares cerebrais, infartos,
dentre outras implicações graves para o sistema cardiovascular.”, aponta
Lilian.
O trabalho do Grupo de Tratamento de Tabagismo do INC é feito através de
encontros semanais, nos quais são discutidos temas relacionados aos malefícios
do tabagismo, de acordo com as diretrizes preconizadas pela Secretaria
Municipal de Saúde do Rio de Janeiro em conjunto com o Ministério da Saúde.
Para o paciente que para de fumar, é realizado um trabalho de acompanhamento
principalmente durante o primeiro ano, período em que a recaída é mais comum. O
tratamento pode ser feito ainda com o uso de medicamentos específicos,
prescritos após avaliação médica.
“As pessoas precisam se conscientizar de que o tabagismo é realmente
um problema muito sério. Independente de outros fatores de risco como
hipertensão arterial, diabetes ou hereditariedade, o tabagismo pode, por si só,
levar uma pessoa a desenvolver um problema cardiológico, entre tantas outras
complicações que o uso do fumo pode causar. Os recursos para tratamento são muitos, mas
costumamos dizer que o principal é a pessoa se conscientizar e querer parar de
fumar. Abandonar o vício é realmente possível.”, conclui Lilian.
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