Especialistas mostraram como diminuir danos e reduzir gastos com
reparos durante seminário realizado em São Paulo pela Editora PINI
A NBR 15.575 passa a
determinar não só os parâmetros de desempenho das edificações habitacionais de
até cinco pavimentos como também a responsabilizar incorporadores e construtores
com relação à ocorrência de patologias e erros na obra. Dessa forma, o cuidado
ao projetar e construir deve ser mais rigoroso. Esse foi um dos assuntos mais
comentados no seminário "Patologias na Construção - Como Prevenir,
Detectar e Reduzir Gastos com Reparos", realizado pela Editora PINI no dia
8 de junho, em São Paulo.
Para
Ercio Thomaz, pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e um dos
palestrantes do evento (veja vídeo com entrevista), a Norma de
Desempenho incentiva medidas preventivas na concepção e construção dos
edifícios, o que diminui patologias. "A normativa passa a ser uma arma
importante para os consumidores. Cabe ao incorporador identificar os riscos e
oferecer produtos seguros para a população", comenta. "O
construtor só não será responsabilizado quando houver culpa exclusiva do
comprador, nos casos de defeito como definido na seção II do Código do
Consumidor", complementa o engenheiro Paulo Grandiski, consultor das
Câmaras Técnicas do Ibape-SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de
Engenharia de São Paulo).
As patologias mais freqüentes, segundo os participantes do
evento, são as infiltrações em lajes, telhados, caixas d'água e fachadas,
vazamento de sistemas hidráulicos, fissuras em alvenarias, mau funcionamento de
elevadores e ocorrência exagerada de fungos em pinturas.
O desplacamento de revestimentos argamassados e cerâmicos também
é um problema típico das edificações. "Fachada é a etapa crítica da
construção. Se a obra atrasa, os empreiteiros tendem a ganhar tempo nessa fase.
Então, se não tiver um sistema comprovado, cria-se um problema no
edifício", afirma o pesquisador do IPT Gilberto Cavani.
Na opinião do engenheiro, os pontos essenciais para um revestimento cerâmico ser durável são os seguintes: ter emboço rugoso e com adequada resistência de aderência superficial, cuidar para que o tempo em aberto da argamassa colante seja respeitado e que seja maximizada a extensão de aderência, e adquirir placas cerâmicas com expansão por umidade compatível com a resistência de aderência do sub-sistema emboço - argamassa colante, ou que seu valor não seja superior a 0,3 mm/m (EPU em autoclave).
Na opinião do engenheiro, os pontos essenciais para um revestimento cerâmico ser durável são os seguintes: ter emboço rugoso e com adequada resistência de aderência superficial, cuidar para que o tempo em aberto da argamassa colante seja respeitado e que seja maximizada a extensão de aderência, e adquirir placas cerâmicas com expansão por umidade compatível com a resistência de aderência do sub-sistema emboço - argamassa colante, ou que seu valor não seja superior a 0,3 mm/m (EPU em autoclave).
Na prática
Aprender com aquilo que foi feito e discutir possíveis problemas
em equipe é uma das principais dicas do engenheiro Luiz Henrique Ceotto,
diretor de Design & Construction da Tishman Speyer. "O sucesso
americano de engenharia é baseado em um tripé: procedimentos simples,
disciplina e "lessons lernead", que são as lições aprendidas no final
de cada etapa da obra", diz.
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