segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Que tipo de decoração tem a sua cara?


Por Chris Campos
Outro dia um amigo foi garimpar móveis rústicos nas cercanias de São Paulo, em um território que muitos torcem o nariz. Uma amiga querida não perde liquidações de uma famosa grife de móveis novos inspirados nos anos 50. Outras pessoas buscam o último grito do design italiano em lojas do circuito da Gabriel Monteiro da Silva. Eu adoro buscar novidades em brechós, até encontrar alguma peça que me inspire, que dê vontade de transformá-la até que ela fique com o jeito da minha casa. Escolhe-se móveis geralmente como escolhe-se roupas. Cada um tem seu estilo. Ou você nunca se perguntou o porquê de lojas populares venderem sofás em gomos como pão quente na padaria? Tem gosto para tudo mesmo. Nesse último caso, o excesso de informação remete à ilusão de luxo, de uma suposta riqueza de detalhes, sabe como?
Se você nunca prestou atenção nessa comparação, comece a reparar. Pessoas ligadas ao mundo da moda nutrem especial apreço por formas e pela estampa dos tecidos. Também adoram adereços mil nas paredes, as famosas referências… Já quem é mais ligado na natureza fica de olhos arregalados ao avistar peças inteiras feitas com troncos, tecidos esvoaçantes nas janelas, tapetes de fibras naturais, móveis de madeira – certificada, claro! Pessoas de alma zen prezam linhas básicas, repudiam excessos, gostam de móveis de linhas simples, mas prezam a qualidade: poucas e boas peças é a regra de escolha para o que entra, ou não, em seus lares. E quem tem alma de artista? Esses gostam de misturas. Não ter estilo é o próprio estilo. A combinação da mobília moderna com peças vintage quase sempre funciona. Afinal de contas, estamos falando de pessoas de olhar apurado, certo? E quem não tem estilo? Esses são os que penam na mão de profissionais nem sempre qualificados para o serviço…. Quem não reconhece o próprio estilo, corre o risco de levar para casa uma coleção de móveis bom só para os outros olharem. Esses compram grife e, inevitavelmente, pagam caro por um investimento que, será, vale a pena? A minha aposta segue firme e forte na descoberta do que você gosta, e não apenas no fácil de comprar, ou no que os outros dizem que é bacana. Estamos de acordo?

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