segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Harpa: Arquitetura que espelha modernidade


Situado em um local isolado, com uma visão clara do enorme mar e as montanhas que cercam Reykjavik, Harpa destaca-se como uma grande e radiante escultura refletindo tanto o céu e o espaço do porto, como também a vibrante vida da cidade.
“Usando as espetaculares configurações de beira-mar como um atrativo, nós visamos criar um catalisador para toda a cidade de Reykjavik, e, ao mesmo tempo reforçar a ligação entre o centro da cidade e o porto.” informa Par Teglgaard Jeppesen, Sócio e Diretor do projeto.
O objetivo principal do projeto era criar uma nova identidade para o porto do leste e transformar a área em um espaço urbano atrativo para os cidadãos. À noite, o edifício destaca-se como um palco luminoso, onde seu interior e a vida da cidade se unem.
A praça em frente à Sala de Concertos foi criada para gerar uma atmosfera única, onde a base escura, vinda da areia preta islandesa, enfatiza o jogo de luz e as cores nas fachadas. As piscinas espelham as mesmas cores e dão à praça uma expressão bem definida. Aproximando-se do porto da cidade, o Concert Hall é visto pela base preta em frente à praça.
As fachadas de vidro da Harpa são o resultado de uma colaboração única entre o renomado artista Olafur Eliasson e o arquiteto Henning Larsen. O projeto é baseado em um princípio geométrico, realizado em duas e três dimensões. Luz e transparência são elementos-chave.
Feito de um enchimento de vidro e aço de doze lados chamado de “quase tijolo”, o edifício aparece como um jogo de cores de caleidoscópio, refletido nos mais de 1.000 “tijolos” que compõem a fachada sul. As restantes e o telhado são feitos de representações em corte deste sistema geométrico, resultando em duas fachadas planas dimensionais com armações estruturais de cinco e seis lados. A estrutura cristalina, criada pelas figuras geométricas, capta e reflete a luz – para promover o diálogo entre o edifício da cidade e a paisagem ao redor.
À noite, luzes de LED na cor vermelha, verde e azul são integradas nos “tijolos” para iluminar as fachadas. Conceitualmente desenvolvido por Olafur Eliasson, a cor e a intensidade de luz de cada “tijolo” podem ser controladas individualmente, gerando deste modo um espectro de cores. No foyer, sombras caleidoscópicas são projetadas nas paredes e no chão, criando um espaço quase cristalino.
As paredes e pisos escuros no hall de entrada oferecem um forte contraste com a iluminação da fachada de vidro melhorando o jogo de luz e a cor no vidro. A superfície escura serve como um tapete vindo da praça para o núcleo do edifício, que abraça o exterior das quatro salas e faz com que pareçam formações rochosas escuras. Em contraste, os pisos da varanda são feitos de materiais leves para enfatizar as propriedades refletoras da fachada.
O centro possui uma área de chegada e hall de entrada na frente do edifício, com quatro salas no meio e uma área de bastidores com escritórios, administração, sala de ensaios e vestiário na parte de trás. Os três grandes salões são colocados lado a lado com acesso público no lado sul e aos bastidores no lado norte. O quarto andar é uma sala multifuncional com espaço para simples shows e banquetes. O maior salão do centro, o Concert Hall, revela em seu interior um tom de vermelho , simbolizando o centro de força.
Projetado em forma de uma caixa de sapatos e rodeado por câmaras de reverberação, a sala principal, com 1.800 assentos, contrasta com a mais prosaica atmosfera no foyer. A composição dinâmica das paredes é realçada pela iluminação e aparência neutra dos andares, do teto, e dos lados dos relevos. As salas foram todas planejadas para uma utilização multifuncional com luz flexível e amenidades acústicas. A sala de conferências está equipada com fileiras de assentos retráteis.
“O nome do prédio “Harpa” refere-se ao instrumento musical e é também o nome do primeiro mês da primavera, no calendário nórdico.  Para o povo da Islândia, isto significa a promessa de tempos melhores.” afirma Steinunn Birna Ragnarsdóttir, Diretor Musical da Harpa.

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