Por:
Thais Prado
Fonte:
super.abril.com.br/blogs
Depois
de produzir e narrar o documentário A História das Coisas* e ter feito também o vídeo nem tão bom
quanto o primeiro sobre a História do Cap and Trade, Annie Leonard volta a
circular pelo You Tube com o vídeo A História da Água Engarrafada.
Desta
vez, a militante contra o consumismo propõe um boicote à água engarrafada. Para
ela, deveríamos beber água da torneira – com exceção dos lugares em que a
água que chega a nossa pia está contaminada.
O
argumento de Annie é que diversos testes mostram que, nem sempre, a água
engarrafada é mais limpa ou tem melhor gosto do que a água de torneira. E ainda
temos que pagar por ela – “água em garrafa custa 2 mil vezes mais do que água
da torneira”. Ela defende que a água é um bem de todos e não deveria ser
vendida. “O que eles vão vender depois, ar?”, se pergunta.
O
problema de consumir água em garrafa estaria também no fato de se usar muito
petróleo para produzir o plástico das embalagens – o equivalente ao abastecimento de um
milhão de carros com gasolina – e a geração de lixo,
já que 80% das garrafas não são recicladas e acabam indo parar em aterros e
lixões de países subdesenvolvidos, demorando séculos para desaparecer, ou são
incineradas e liberam gases tóxicos. Só nos Estados Unidos, consomem-se mais de
meio bilhão de garrafas de água toda semana – quantidade suficiente para dar
mais de 5 voltas no planeta Terra.
Annie
diz que a estratégia dos vendedores de água engarrafada para atingir todo esse
consumo foi realizar campanhas dizendo que a água de torneira fazia mal à
saúde. E lembra que, em muitos locais, as águas estão realmente poluídas,
inclusive em função dos resíduos jogados em rios e lagos pelas próprias
indústrias de garrafas.
A
solução dada pela ativista é cobrar dos órgãos públicos mais investimentos para a limpeza
dos mananciais, de modo que todos tenham acesso à água potável.
E sugere que o mesmo dinheiro gasto para tentar solucionar o problema do excesso
de garrafas no lixo fosse usado para despoluir e preservar as águas.
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