O crescimento acentuado
do mercado da construção nos últimos anos trouxe alguns problemas para as
construtoras, principalmente no que diz respeito à gestão de seus próprios
processos. Essa é a opinião do engenheiro civil Roberto de Souza, Mestre e
Doutor pela Escola Politécnica da USP e Presidente do Centro de Tecnologia de
Edificações (CTE), que considera que “com o aumento do volume de
empreendimentos, a alta direção das empresas construtoras e incorporadoras tem
sentido dificuldade para manter os seus processos sob controle”.
Um dos principais
problemas observados por Souza é que grande parte das empresas passaram a ter
empreendimentos em todo o país, mas sem tempo suficiente para se estruturar
para atender a esta demanda com a eficiência exigida. “As empresas montaram
suas estratégias de crescimento, porém não planejaram as atualizações do seu
sistema de gestão, necessárias para sua própria sustentação. Temos observado
que os níveis de diretoria, gerência e coordenação hoje têm poucos dados para
análise e tomada de decisões em tempo hábil, a fim de evitar insatisfação dos
clientes e/ou perda de competitividade, e não existem controles que permitem o
monitoramento de cada processo, visando atender às metas empresariais”, afirma
o engenheiro.
O ideal, segundo ele, é
que as empresas tenham uma ferramenta para controlar de perto suas atividades,
otimizando o tempo na tomada de decisões e conquistando resultados
satisfatórios com mais agilidade. “A tendência é otimizar o sistema de gestão
da empresa, construindo painéis gerenciais e integrando-os: o empresarial, de
incorporação e comercial, de engenharia e obras, de suprimentos, administrativo
e financeiro, etc. Os sistemas de gestão devem ser estruturados de forma que,
sem colocar o pé na obra, a alta direção tenha os dados sobre o seu desempenho,
por exemplo, em todos os níveis”, revela Souza.
Nesse contexto ganham
destaque empresas como a 90 Tecnologia da Informação, que possui 25 anos de
mercado e é especializada no desenvolvimento de softwares para a área de
engenharia nos segmentos de orçamentação, construção, consultoria,
fiscalização, gerenciamento e projetos. Atualmente a empresa trabalha com os
sistemas Compor 90 e Gestor 90, que abrangem os processos desde a elaboração do
orçamento de uma obra até a sua conclusão, passando por uma grande etapa de
controle e gestão dos empreendimentos.
Como comprovação de que o
uso de ferramentas específicas para a área pode facilitar a execução das
atividades das empresas, a engenheira orçamentista daConartes Engenharia e
Construções, Margarete Leite Barbosa, destaca a importância do Compor 90,
software da 90ti voltado para a realização de orçamentos, planejamento e
acompanhamento de obras. “Através de rotinas internas do sistema,
os dados das obras são computados e os indicadores físicos,
econômicos, mão de obra, materiais, despesas indiretas e equipamentos são
gerados para análise pela área técnica da empresa. Ele realiza toda a
previsão financeira da obra, sendo possível a comparação entre
o orçado e o realizado e se a obra está dentro do resultado
previsto. O Compor é uma ferramenta importante, porque permite que a Conartes mantenha o excelente padrão de qualidade das obras.Mas Souza faz um importante alerta para aqueles que pensam que, fazendo tudo isso, o software será bem instalado e todos os problemas serão solucionados. “A TI não resolve os problemas da empresa, principalmente se a própria empresa não souber de seus processos internos e externos, de seu negócio. A empresa que não tiver suas atividades e seus processos delineados, definido o que deverá alimentar e controlar, desenhadas as metas e os resultados esperados, não conseguirá usufruir de nenhum EPR ou ferramenta de TI de maneira eficaz".
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