O
empreendedor, na origem de seu negócio é movido pelo mais puro instinto de sobrevivência
e fará o que for preciso para vencer as armadilhas pelo caminho.
Após
superar a fase inicial, sendo o negócio rentável, os excedentes de caixa
permitirão que a empresa se estruture e possibilitarão aos sócios uma
qualidade de vida melhor.
Mantido
o crescimento, ano a ano, com a distribuição dos lucros, alguns sócios
irão adquirir bens a ponto de
conquistarem a tão sonhada independência financeira e uma aposentadoria
tranqüila.
Histórias
empresariais de sucesso costumam seguir essas fases, numa condição de
normalidade.
Temos
momentos onde prevalecem o instinto de sobrevivência, em outros a ambição e por
fim a ganância, que é o mais perigoso de todos os comportamentos que um
empreendedor pode desenvolver.
Instinto
de sobrevivência é básico, esta presente na implantação do negócio e aparece
novamente em momentos de crises fortes, quando a existência da empresa corre
riscos.
Ambição
é saudável, conduz na direção dos objetivos, da forças para vencer as duras
batalhas diárias.
Ganância
pode se tornar negativa, tirar o empreendedor dos trilhos, geralmente é
ferrramenta daqueles que aceitam pegar os “atalhos” para chegar antes dos
demais, que cumprem o que é exigido legalmente.
A fase
da ambição é o ápice, deveria ser a fase onde o empreendedor permaneceria
por mais tempo, pois, já tem um negócio sólido, um futuro garantido, segurança
para tomar as decisões e até se arriscar um pouco mais, o que é bastante
interessante para o crescimento do negócio.
Ocorre
que, em alguns casos a ambição acaba se transformando em ganância, e o
empreendedor entra nesta terceira fase, onde ele passa a viver em função dos
ganhos financeiros e é comum que ele se afaste do equilíbrio e a da
razão, atributos essenciais aos que vencem pelos caminhos corretos.
Por
mais que ele tente disfarçar, fica evidente no seu comportamento e nas suas
decisões que o negócio passou a ser um meio para lhe gerar ganhos e acumular
mais e mais recursos financeiros e bens.
Nada
de errado nisso, se parte destes ganhos retornassem para empresa como novos
investimentos em estrutura, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e
serviços, qualificação dos empregados e melhoria nos salários.
O que
a vida real tem nos mostrado é que quando a ganância assume o leme os recursos
financeiros são drenados da empresa para o patrimônio pessoal dos sócios e
passamos a assistir o velho filme com o título: “A empresa pobre e os sócios
ricos”.
A
verdade é um empreendedor que se afastou dos bons princípios, optou por formar
patrimônio pessoal em detrimento da saúde financeira da empresa e buscou uma
assessoria para arquitetar um plano de blindagem de patrimônio pessoal.
Na
história recente do Brasil Empreendedor podemos listar dezenas de casos que
ficaram famosos por terem seguidos esse caminho, empresas que desenvolveram
produtos e serviços de sucesso, com alcance nacional, conquistaram a confiança
dos seus clientes, empregados, fornecedores, que simplesmente foram traídos e
abandonados pelo gestores da empresa que relegaram o negócio e a honra para um
segundo plano.
Por
outro lado podemos listar milhares de casos onde o empreendedor venceu de forma
correta e é um exemplo a ser seguido.
Uma
empresa de sucesso não é mérito apenas dos sócios, mas de todos que acreditaram
nela, por isso, de uma forma figurativa, ela deixa de ser propriedade exclusiva
e passa a ser de fruto da crença que ela recebe da coletividade que a idolatra.
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