Olho a
minha volta e identifico centenas de publicações dispostas a me ensinar a
empreender, desde jornais, revistas e livros e de uns tempos para cá também
sites sobre negócios.
Sobre
o tema empreendedorismo e negócios creio que vasculhei boa parte de tudo que
está disponível.
Assino
e leio a revista Exame desde 1985.
As
revistas Pequenas Empresas Grandes Negócios, Você S/A, Época Negócios, HSM
Management, Venda Mais, HBR Brasil e o Jornal Valor Econômico, vi todos
nascerem, sou leitor desde a edição n. 01.
Algumas
dessas publicações além de leitor sou colecionador, guardo as edições como
fonte de pesquisa na minha biblioteca.
Dois
dos primeiros livros editados no Brasil sobre empreendedorismo
foram “Inovação e Espírito Empreendedor”, do Mestre Peter F. Drucker,
traduzido e publicado em 1986, pela editora Pioneira. Em seguida, em
1989, o título nacional “ O Empreendedor” de Ronald Degen, editado pela
Mc Graw-Hill, tenho os dois no meu acervo. Excelentes por sinal. Daí para
frente não parei mais de comprar e ler livros sobre negócios.
Um dia
ainda farei uma boa coletânea de tudo que tenho para compartilhar, mas neste
momento tenho outras prioridades.
A
realidade latente é que temos hoje um volume de informações muito além da nossa
capacidade de absorção, isso confunde mais do que ajuda.
Os
conceitos básicos de um negócio são clássicos e repetitivos, mas onde
encontrá-los de forma sucinta? Faça suas buscas, isso o marcará para sempre!
O
grande questionamento que tenho é se as pessoas estão em busca de um modelo
ideal para empreender ou se contentam com histórias de negócios bem contadas.
Quando
depuramos tudo o que temos a nossa disposição sobre negócios, poucas são as
fontes que vão direto ao ponto.
As
pessoas gostam de consumir histórias bem contadas, se prendem em fantasias,
casos de sucesso meteórico, riqueza fácil e de preferência com pouco esforço e
pouco trabalho.
Por
que isso acontece?
Porque
as pessoas preferem não se mover e se contentam em contemplar o sucesso alheio,
as histórias de sucesso bem contadas acabam sendo uma distração, mais do que um
aprendizado propriamente dito. Seremos ainda por bastante tempo o país do “Big
Brother 11, 12, 13….1000”.
Imagine
como seria a vendagem de um livro com o seguinte título: “COMECE HOJE UM
NEGOCIO E CONQUISTE O SUCESSO EM 20 ANOS”, acho que as livrarias nem o
aceitariam nas prateleiras, pois, títulos assim não vendem, mas, esse título
tem mais a ver com a realidade do que os que estão na lista dos dez mais
vendidos, como: 12 meses, 12 dias ou 12 horas para enriquecer.
A
nossa visão imediatista nos afasta do ato do empreendedorismo, pois empreender
significa, antes de mais nada, intensidade e renúncia.
Fuja
das armadilhas pasteurizadas como vender idéias a partir de um plano de
negócios, isso é coisa rara, a chance de a sua idéia ser clonada sem que você
receba nada por isso é muito maior do que a possibilidade dela ser apoiada por
um investidor. Considere isso. De cada mil planos, um é selecionado. Faça um
plano de negócio para você e não para os outros.
A
realidade é dura, porém gratificante:
-
coloque no seu projeto prazos reais para que as etapas sejam cumpridas.
- Se
prepare para viver fortes emoções e decepções também.
-
Estabeleça o primeiro ano como o grande desafio, parta do cenário mais
pessimista que tudo o que vier diferente disso será lucro.
Fonte: Blog do Empreendedor
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