terça-feira, 6 de novembro de 2012

Modelo de Gestão – sua empresa ainda terá um!


Sempre acreditei que toda empresa deveria ter um modelo de gestão definido, declarado, e implantado, se possível registrado em cartório e listado no contrato social, para que todos soubessem quais são os ventos que norteiam tal organização.
Diversas empresas nascem e morrem ser ter conhecido de forma clara qual foi o modelo de gestão adotado na sua condução.
Isso é grave, pois, ao ser fechada a empresa leva consigo os empregos que ela gerava, deixando trabalhadores desempregados e também representa destruição de valor, sejam recursos financeiros, intelectuais ou tempo dos sócios que investiram no negócio.
Como não existe cemitério para empresas mortas, sequer conseguimos preservar a sua memória, para que sirva de consulta para futuros empreendedores, com o objetivo de que aprendam com os erros dos outros e iniciem seus negócios um pouco mais conscientes do que não deve ser feito e o que pode ser melhorado.
No mundo empresarial todos preferem cremar e ocultar seus erros.
Se no planejamento estratégico tradicional construímos visão, missão e valores, seguidos da definição de metas e plano de ação eu acrescentaria aí um detalhamento explicito do modelo de gestão a ser adotado, definindo as regras claras e criando um ritual a ser seguido para que aquilo que foi definido seja seguido à risca pelos gestores.
É como se fosse um dogma, um mantra, uma identidade que diferenciará a empresa dos seus concorrentes, deverá servir para explicar e entender os erros e os acertos na condução do negócio.
A ausência de um modelo de gestão claro cria um vácuo na empresa, onde habitam todos os tipos de criaturas indesejáveis, desde os acomodados até aqueles que jogam contra o sucesso do negócio.
As decisões corporativas são opção entre o sim e o não, entre o fazer agora ou esperar um pouco mais e num extremo até crescer ou ficar parado no tempo.
Toda decisão corporativa deve estar alinhada com os objetivos traçados para a empresa e deles só podem se afastar se a causa for relevante, a ponto de tornar necessário, se for o caso, a revisão e a adequação dos objetivos traçados.
De nada adianta ter um planejamento estratégico e um plano de ação se não estiver muito claro para toda a equipe como as metas serão cumpridas e como será medido e reconhecido o desempenho individual e do grupo pelas conquistas.
O modelo de gestão tem o papel de integrar o conjunto de informações geradas no ambiente interno e externo da empresa, unificar tudo isso e transformar num mapa através do qual a empresa se norteará para chegar aos seus objetivos.
Quanto maior for a qualidade da integração das informações, mais assertiva a disseminação dos “por quês” se adotar tal modelo de gestão, maiores serão os acertos na condução do negócio.
Ocorre que o modelo de gestão é uma ferramenta e ele é executado a partir de premissas, diretrizes, objetivo e metas e se este conjunto de informações estiver dissociado é como usar um mapa com excelente qualidade gráfica, só que indicando o local errado a ser alcançado.
Toda empresa pode e deve ter um modelo de gestão implantado, por mais simples que seja, ele deve existir, seja um orientador como um moderno GPS ou mesmo uma milenar bússola, é melhor do que se guiar pelas estrelas.

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